terça-feira, 25 de dezembro de 2007

SAUDAÇÃO DE NATAL


Não me parece grande promessa, este céu carregado de Roma, logo na manhã de Natal. Aproveito, enquanto Jesus acolhe o enlevo dos pais, que sorriem como quem ama e sabe que o amor nunca engana, para saudar os amigos que me queiram visitar beste blogue. Agora tenho vários, mais fruto da minha inabilidade informática do que da abundância de ideias. Brevemente deixarei em cada um, se for capaz, pistas para encontrara os outros.

sábado, 22 de dezembro de 2007

OS MILAGRES DA GRAÇA






Cheguei cansado do meu primeiro passeio romano: fora a dificuldade da subida desta rampa da Via Aurélia, e era também o colorido de alguns pensamentos acordados sob o peso das colunas de Bernini.

Deslisava irremediavelmenet para atristeza, quando me cai sob os olhos a informação de que o Papa assinara o decreto da heroicidade das virtudes de Antonietta Meo, uma criança romana, conhecida entre os amigos por nennolina, falecida a 3 de Julho de 1937, com sete anos incompletos, pasme-se!

O processo da sua beatificação fora interrompido, pela dificuldade que tinham os teólogos em admitir que se fosse herói na virtude por pouco tempo, principalmente se se morria criança. Sabemos que as normas tradicionais foram alteradas, no sentido de se dar mais importância à virtude das crianças, devido ao processo dos dois videntes de Fátima já beatificados.Mas traz-me uma alegria imensa saber que corre agora o processo de uma criança cujo carisma foi apenas o de viver com uma fé que espanta qualquer um, a sua meninice, marcada nos últimos meses por um terrível cancro nos ossos.
Traduzo livremente um dos papelinhos que ia colocando no altar e junto do sacrário:
Querido Jesus, eu quero ser a Tua lâmpada, que arde ao pé de Ti, com uma chama de amor, e o teu lírio, que fica sempre a enfeitar o altar e Te adora.

NA SOMBRA DE BERNINI


Passei por ali.
Porque era o caminho mais curto, e porque, na extrema variedade de dimensões que, desde há ciquenta anos, ou, para ser mais preciso, há quarenta e oito, tem assumido na minha mente a cidade de Roma, nesta praça, onde todas as imagens se cruzam, fazendo cavalgar os séculos uns sobre os outros, tenho sempre a impressão de que nada muda... nem o convite à mudança, ora silencioso e triste, ora gritado pela ironia das pedras, que a cada momento nos impõem novos padrões de grandeza, não vá a gente pensar que alguma obra humana pode satisfazer o nosso anseio de eternidade. Não gosto do presépio que todos anos se constrói no sopé do obelisco, também ele uma voz que se harmoniza, apesar de certas corridas em contra-ponto, com a severa pregação da arquitectura envolvente. Não gosto do prsépio. Mas gostaria que um artista como os que dixaram a sua obra neste pântano transtiberino encontrase meio de completar a sinfonia das pedras com a presença da humildade de Nazaré, que me encanta muito mais do que Belém.